A MSC decidiu interromper por tempo indeterminado parte das suas operações no Brasil. Segundo a companhia, a medida foi motivada pela ação de criminosos que promoveram o tráfico de drogas através do transporte de contêineres para o exterior.
A empresa paralisou temporariamente as operações de estufagem, pré-stacking e transporte rodoviário, ferroviário e barcaça de exportação de cargas. No comunicado endereçado aos clientes, a MSC diz que clientes e parceiros também se tornam vítimas dos traficantes que escondem entorpecentes nos navios.
A Santos Port Authority (SPA) informou que não foi notificada da decisão porque as operações afetadas são realizadas fora do porto organizado. No entanto, a autoridade portuária não acredita que essa medida traga impactos ao Porto, pois as atividades certamente serão feitas pelas concorrentes da companhia.
Já a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários de Contêineres (ABTTC) diz que a decisão da MSC, mesmo sendo temporária, deverá afetar todos os terminais da América Latina.
A ABTTC também reconhece os prejuízos provocados pela ação de narcotraficantes no país, cada vez mais preparados para esse tipo de ação.
A direção da ABTTC afirma que vem realizando esforços com seus associados para aprimorar os controles dos Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) nos últimos três anos. “Em abril de 2021, doamos uma central de vigilância remota à Alfândega do Porto de Santos, que permite acompanhar em tempo real as operações dos terminais Redex de sua jurisdição”.
fonte: https://santaportal.com.br